A artista baiana apresenta seu vídeo Cais do Corpo, integrante da exposição Nada levarei quando morrer, aqueles que me devem cobrarei no inferno, realizada no Galpão VB, e comenta como ele surgiu de um convite para a criação de um trabalho em torno da Praça Mauá, na zona portuária do Rio de Janeiro. Partindo do universo da prostituição do cais, a obra fala sobre o processo de aproximação com as meninas da boate Flórida, que figuram na obra. Em contraste com seus trabalhos anteriores, Virginia fala sobre como recorreu a técnicas de filmagem que criassem uma estética que colocasse o corpo das prostitutas em um lugar sublime. Ao encarar a performatividade dos corpos como prática social e política, na qual se combinam erotismo e resistência, Virginia rompe com as barreiras que nos impedem de ver e nos identificar com a inventividade e criação nela presentes.
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