Videoinstalação O Caminho das Vertigens, de Sandra Kogut, composta por cinco monitores dispostos dentro de uma plataforma sobre a qual o espectador caminha – as imagens exibidas se tratam de vistas de cima da cidade.
Artistas
Obras
Ensaio Ricardo Basbaum, 1989
O bombardeio do tubo de imagens por um feixe de elétrons que atravessa o vácuo obedecendo modulações da corrente elétrica e instruções de uma pré-programação detona o inetismo incessante da visualidade que se constitui sem corpo porque se constitui nos corpos dos outros que se confrontam-se com a materialidade do objeto doméstico vencida pela imaterialidade do novo roteiro-colagem-imagem-som velozmente editado-manipulado pós-produzido de modo que processos mentais despertados pelo elétron gerador da linha-ponto-cor podem com toda a certeza subverter o viciado prazer cerebral dos neurotransmissores educados na mecânica cotidiana que sádica e docilmente fragmenta e doutrina os corpos mas quando lanternas-de-ação eletrônicas são instaladas como arquitetura produzem redimensionamentos dos múltiplos espaços físico/eletrônico real/mental perceptivo/vivencial paradoxalmente provocando resposta corporal atualíssima que pode ser arquetípio-nostálgica ainda que através da avançada aparelhagem futurista recuperadora da utopia tecnológica porque reconecta pela habilidade de códigos em pensamento corpo e mente biotecnologia na urbana construção humana pois a imagem tecnológica não permite a indiferença seu grande estímulo e obstáculo é acender o corpo coletivo através de processos individuais esta é a ferramenta.