A obra examina o contexto, as políticas e a proliferação de diferentes estéticas do calor. Em uma sequência de imagens e vídeos históricos e contemporâneos, composta de filmagens originais e conteúdos retirados da cultura pop e mídias tradicionais e sociais, Kent Chan dá a ver o caráter contraditório das narrativas e representações associadas a regiões entendidas como paradisíacas, mas pobres, habitadas por um povo vivaz, com uma estética dinâmica, mas sem ordem. Ao mesmo tempo em que capta a vibração, a vitalidade e a complexidade visual e cromática comumente inventadas sobre essas regiões, o trabalho faz pensar no modo como o aquecimento global e seus efeitos têm alterado substancialmente não só a paisagem e a vida nesses locais, mas também como poderia levar a um futuro em que que o clima tropical dominaria o mundo, produzindo um verão eterno e borrando demarcações climáticas, históricas e geográficas.