A obra empresta seu título de comentários feitos nas mídias sociais no frenesi inicial dos protestos contra extradições em Hong Kong, em 2019, e que, originalmente, faz referência direta à obra do ativista negro dos direitos civis Gil Scott-Heron e seu poema “A revolução não será televisionada”, escrito em 1970. O artista mistura imagens dos conflitos entre manifestantes e a polícia em Hong Kong, muitas vezes contra um fundo de vastos shopping centers refrigerados, intercaladas com imagens de arquivo do Crystal Palace, construído para a Grande Exposição de 1851 em Londres; de protótipos de terrários do século XIX usados no comércio botânico do Império Britânico; e de vídeos corporativos de treinamento de vendedores do século XX. O vídeo reflete não apenas sobre como os shopping centers, enquanto forma espacial, evoluíram de sua raiz colonial de conquista para uma máquina de consumismo e controle social, mas também sobre como seu design arquitetônico pode ser subvertido, convertendo espaços isolados e esterilizados em um campo de ação política e de dissidência.