- Fotoptica
- Museu da Imagem e do Som (São Paulo)
A segunda edição do Festival aconteceu num momento de particular efervescência no país, que vivia a transição de uma longa ditadura militar para o regime democrático. Novamente realizado no Museu da Imagem e do Som, o evento contou com a participação de produtoras independentes como Olhar Eletrônico, TVDO, Telecine Maruin e Videoverso, criadoras de uma linguagem inovadora que começava a conquistar público e a articular uma aproximação com a TV. O vídeo buscava atravessar a barreira aparentemente fechada dos canais de televisão. A videoarte avançava internacionalmente, com obras que exploravam as possibilidades técnicas do meio, e também com uma maior reflexão em torno da criação de uma linguagem própria. Vídeos single-channel de Nam June Paik, pioneiro internacional da arte eletrônica, foram apresentados na mostra paralela, que incluiu ainda instalações, palestras e feira de patrocinadores e produtores. Os premiados no Festival fizeram parte de uma primeira seleção itinerante, levada para o Rio de Janeiro.
Identidade visual e projeto gráfico | Kiko Farkas
Programação
mostra competitiva
Tapes em Concurso | 2º Festival
Dos 120 vídeos inscritos, foram selecionados 60 trabalhos de 71 autores. As cinco obras escolhidas como as mais bem-humoradas receberam o Troféu Bicho de Goiaba, dado pelo Estúdio Sérgio Tastaldi..
mostra de filmes e/ou vídeos
Mostra Internacional
Com a presença de vídeos alemães, franceses e norte-americanos, a Mostra Internacional integrou a programação paralela do Festival, e contou com obras do pioneiro Nam June Paik.
exposição
"Caricaturas dos Tempos Eletrônicos", Rodolfo Cittadino
A exposição de Rodolfo Cittadino reuniu caricaturas desenvolvidas através dos recursos eletrônicos do Videotexto de cerca de 30 personalidades da vida política brasileira.
"Ciclos", Gilson Alcântara e Rodrigo Martins Ferreira
A videoinstalação Ciclos, de Gilson Alcântara e Rodrigo Martins Ferreira, era um projeto ambiental que enfocava a relação homem-natureza.
"Nossa Senhora!", Tadeu Jungle e Walter Silveira
A videoinstalação de Tadeu Jungle e Walter Silveira foi concebida como um oratório eletrônico com velas reais, acesas ao som de música sacra e profana. O visitante era convidado a acender velas e cultuar Nossa Senhora Aparecida.
"Objeto 3-D / TVDO", Tadeu Jungle
A videoinstalação de Tadeu Jungle era composta por uma televisão normal cujo tubo de imagem foi substituído por um espelho. Uma homenagem a Nam June Paik, pai da videoarte.
"RetiranTVes", Tadeu Jungle
A videoinstalação de Tadeu Jungle retrata os retirantes nordestinos, por meio de esculturas de barro de Caruaru acrescidas de duas televisões de plástico sobre a cabeça.
Vide o Vídeo
A programação do Festival ficou disponível para consulta num microcomputador durante o evento.
performance
"Vídeo-Teatro: A Máscara Eletrônica", Otávio Donasci
Vídeo-Teatro: A Máscara Eletrônica, de Otávio Donasci, foi uma videoperformance, apresentada na abertura do Festival, em que os atores fantasiados com um monitor de TV sobre a cabeça interagiam com o público.
programas públicos
Debate: "Os Caminhos da TV e do Vídeo no Brasil" (sessão 1)
Coordenado por Cândido Mendes, o debate abordou os caminhos da TV e do vídeo no país à luz dos aspectos políticos e econômicos, tais como legislação e programação.
Debate: "Os Caminhos da TV e do Vídeo no Brasil" (sessão 2)
Coordenado por Gabriel Priolli, a segunda sessão do debate sobre os caminhos da TV e do vídeo no país focou nos aspectos políticos e econômicos, tais como legislação e programação.
Mesa Redonda: "A TV atual no Brasil - Reserva de Mercado"
A mesa redonda teve como tema o mercado de vídeo no país, discussão que incluiu pequenos e grandes produtores e realizadores (publicidade institucional e industrial).
workshop
"Psicodrama sem palavras"
Uma equipe de 14 psicodramatistas realizou uma experiência a partir de música instrumental e vocal improvisada ao vivo. A experiência foi exibida simultaneamente no auditório e em outras salas relacionadas ao trabalho.
Curso Básico de Vídeo-Sharp
Durante os sete dias do Festival, Sérgio Tastaldi ministrou cursos básicos de vídeo para crianças e adultos.
Oficina de Vídeo-Philco
Durante o evento, foi montado um miniestúdio de televisão com câmeras de vídeo, iluminação e gravadores de vídeo, por meio do qual o público podia aprender conhecimentos básicos da linguagem televisiva.
Vídeo Animação
Sérgio Tastaldi e sua equipe de monitores, juntamente com Eliandro Martins fizeram demonstrações diárias de animação por computador durante o evento.